Hoje, 17 de maio, é celebrado o Dia Internacional Contra a Homofobia, uma data que marca a luta por conquistas, representatividade e garantias de direitos da comunidade LGBTQIA+.
E apesar de ainda termos um longo caminho pela frente em relação a esse assunto, principalmente no futebol, um universo historicamente machista, em que ainda vemos muitos atos de preconceito, existem várias iniciativas super bacanas que levantam a bandeira LGBTQIA+ dentro do esporte e dos estádios e a Betsson separou algumas delas pra você conferir.
Afinal, o futebol é o esporte mais popular do planeta e tem uma grande responsabilidade social. Nos últimos tempos, temos a oportunidade de acompanhar diversas manifestações em apoio aos direitos LGBTQIA+ por parte dos clubes no Brasil e no mundo.
Exemplo dentro de campo
Em 2021, em apoio ao movimento, o Vasco entrou em campo com uma camisa com um arco-íris estampado no lugar da tradicional faixa preta do uniforme. Após marcar diante do Brusque, pela Série B do Campeonato Brasileiro, o atacante argentino Germán Cano levantou a bandeira do escanteio, que também estava com as cores do arco-íris. A imagem rodou o mundo e teve uma repercussão muito positiva.
Também no Rio de Janeiro, o Flamengo e o Fluminense jogaram com a numeração colorida em ação em homenagem ao mês do orgulho LGBTQIA+.
A luta é antiga
No ano de 1977, a Coligay fazia a sua primeira festa nas arquibancadas. Fundada por Volmar Santos, a torcida do Grêmio era formada por cerca de 60 torcedores homossexuais, sendo a primeira torcida organizada assumidamente gay do país.
Um marco pra história do movimento dentro do futebol, a Coligay foi criada durante a Ditadura Militar, um período em que o preconceito era ainda mais forte nos estádios. O Grupo inspirou a criação, dois anos depois, da Fla-Gay, organizada do Flamengo.
Hoje, muitos clubes brasileiros também têm seus movimentos contra homofobia e sexismo no futebol, reunindo todos aqueles que defendem o respeito, a tolerância e a diversidade.
Exemplos de clubes brasileiros
Mais do que fazer textos, mensagens em faixas e camisetas, é preciso que os clubes tenham ações mais efetivas contra à discriminação de gênero.
Aqui no Brasil temos bons exemplos, como o Internacional que criou o Comitê Interno de Diversidade e Inclusão, além de criar uma cláusula no contrato de trabalho de todos os funcionários deixando explícito o posicionamento da instituição em relação a práticas preconceituosas. O Cruzeiro também criou, em 2020, o Comitê da Diversidade e Inclusão.
Outro exemplo é do Bahia, que organizou, em 2019, um treinamento interno com a ativista trans Sellena Oliveira Ramos para aproximar o tema da realidade do clube, assim como dá a opção para que torcedores e funcionários trans possam adotar seus nomes sociais.
Representatividade importa
Esta semana o atacante inglês do Blackpool, Jake Daniels, de 17 anos, tornou-se o primeiro jogador no futebol britânico desde Justin Fashanu, em 1990, a assumir-se gay publicamente.
Em 2021, foi o australiano Josh Cavallo, meio-campista do Adelaide United, quem chamou a atenção por ser o único jogador de futebol em atividade em uma liga de elite nacional a se declarar gay.
Os poucos jogadores que se assumem, normalmente encerram suas atividades no esporte logo em seguida. No futebol feminino, ainda há mais atletas que se declaram homo ou bissexuais e já ganharam até mesmo prêmios de melhores do mundo, como a brasileira Marta e a norte-americana Megan Rapinoe.
Infelizmente, o preconceito ainda está muito enraizado no futebol e o caminho é longo para termos um ambiente de respeito total dentro e fora de campo. Por isso, ações e movimentos em apoio à bandeira LGBTQIA+ são de extrema importância.
Seu time também apoia a causa? Então, compartilhe esse texto com seus amigos para que mais pessoas conheçam e engajem com essas ações!